quarta-feira, 30 de maio de 2012

Um Projeto, muitas Experiências, alguns Alimentos …

                O projeto "Os pequenos grandes amigos: os microorganismos na produção de alimentos", coordenado pela professora Regina Paula Gonçalves, foi considerado de Mérito pelo Júri Nacional do Concurso de Ideias da 10ª Edição do Prémio da Fundação Ilídio Pinho - “Ciência na Escola” tendo passado à 2ª fase do concurso. 
                Como resultado, a turma do 12ºB realizou, nas aulas de Biologia, diversas atividades experimentais com o objectivo de estudar a influência de alguns factores na produção de alimentos. Foram produzindo, na primeira aula prática, diversos alimentos (pão, vinho de uva, vinho de maçã) que estão associados a transformações por catálise microbiana. Todos estes alimentos têm em comum o facto de resultarem de um processo de fermentação alcoólica realizado por uns fungos microscópicos – as leveduras Saccharomyces cerevisiae. A sua produção em laboratório permitiu estudar a influência de diversas variáveis que condicionam o fabrico desses alimentos, nomeadamente, a presença ou ausência de leveduras, no caso do pão, a presença/ausência de leveduras, a quantidade de açúcar e usar sumo pasteurizado ou sumo natural no caso do vinho e da “sidra”.
Apresentam-se algumas fotografias das experiências realizadas onde são evidentes os resultados obtidos.
Produção do pão
Experiência realizada para estudar a influência das levedurasno aumento de volume da massa do pão

Produção de pão com fermento e sem fermento
A fermentação alcoólica é o segredo do pão. O fermento contém uma quantidade enorme de microrganismos, nomeadamente de leveduras (Saccharomyces cerevisiae), que têm na massa de pão, as condições adequadas para fazerem fermentação alcoólica. Em consequência da ação desses microrganismos, a glicose (açúcar simples existente na massa) é degradada originando CO2 e etanol. Algumas das bolhas do dióxido de carbono ficam “aprisionadas” e fazem crescer a massa, tornando-a fofa e com alguns buracos. Durante a cozedura, o etanol é libertado juntamente com algum dióxido de carbono. O aumento de temperatura que acontece na cozedura também provoca a expansão das moléculas de CO2 que estão aprisionadas na massa, fazendo aumentar o tamanho dos “buracos”, o que faz com que o pão fique fofinho.

Produção de “Sidra”



 Produção de vinho de uva



Os balões de borracha foram utilizados para se recolher o gás produzido. Quanto mais cheio estiver o balão de borracha, mais gás foi produzido. A uma maior produção de gás corresponde uma maior taxa de fermentação alcoólica.
Na atividade presente confirmámos que o gás que se encontrava nos balões era dióxido de carbono, resultante da fermentação alcoólica, pois quando o gás foi colocado em contacto com água de cal, esta ficou turva. Verificámos também que o conteúdo das montagens apresentava um intenso cheiro a álcool.
Na vinificação tradicional, a produção do mosto implica esmagar as uvas com os pés descalços, num processo conhecido por pisar as uvas. Presentemente, as uvas são, em regra, esmagadas e prensadas de forma mecânica. No nosso caso usámos um copo misturador para simular este processo!
O mosto vai experimentar um processo de fermentação alcoólica. Este processo é feito por vários tipos de leveduras presentes na casca das uvas, que utilizam os açúcares (glicose) existente nas uvas e origina o etanol e libertam e dióxido de carbono. Nesta etapa é necessário um controlo rígido da temperatura, bem como, a presença correta de microrganismos/ leveduras (ex: Saccharomyces cerevisae).
Nas nossas experiências verificámos que foi o balão roxo que aumentou mais de volume, seguido do balão laranja e, por último, do balão amarelo. Estas diferenças são explicadas pela maior ou menor quantidade de açúcar (alimento) - quanto maior a quantidade de açúcar maior é a taxa de fermentação alcoólica - e pela presença ou ausência de leveduras.: a taxa de fermentação é maior se existirem leveduras.
No final, saboreámos o pão produzido e, apesar da insistência de alguns colegas, deixamos os nossos “vinhos” repousar para ver se se transformam em vinagre. Contudo, confirmámos que foi produzido álcool nas várias montagens, pois fizemos a medição da taxa de álcool utilizando o alcoómetro gentilmente cedido pela professora de Química.

Flávia Brás  12ºB
Liliana Pereira  12º B



terça-feira, 22 de maio de 2012


"Vinho de proveta"

No dia 23 de Março, a turma A do 12ºano da ESALV fez vinho nas suas aulas!
De facto, a turma quis estudar exatamente o efuncionamnto da fermentação neste processo, que corresponde à conversão química do sumo de uva em vinho por ação de microrganismos que degradam o açúcar do sumo até etanol ( o álcool das bebidas).
 Começaram por esmagar as uvas, para obter o seu sumo que após  provado e cheirado foi distribuído por três balões de elrenmeyer; um com leveduras, outro com açúcar e leveduras e outro sem qualquer acrescento, para controlar o efeito de cada substância adicionada no processo, tendo sido, depois, colocado, nos seus gargalos, um balão colorido que iria acumular o CO2 libertado na reação. As soluções foram postas na estufa a 20°C e “vigiadas” durante 3 dias.
Os balões no fim dos três dias estavam cheios de gás.
Não se esperava obter fermentação no balão onde não foram acrescentadas as leveduras, mas o balão, que se manteve vazio no 1º dia, no dia a seguir começou a encher!
De onde vieram as leveduras? Por pesquisa adicional chegou-se à conclusão que estavam nas cascas das uvas como de facto acontece no vinho produzido nas nossas adegas.
 Após esses dias, os balões foram retirados, atados e reservados para identificar o gás libertado que turvou a água de cal quando nela foi borbulhado. Era o CO2 como já se esperava.
Os conteúdos dos balões foram cheirados e provados. O doce do sumo dava lugar a uma bebida que já cheirava a álcool.
Os erlenmeyer voltaram para a estufa, tapados agora com rolhas de algodão, e lá permaneceram por mais 21 dias. Após esse tempo, o vinho foi observado e cheirado, ficando, posteriormente, à temperatura ambiente a repousar.
Após um mês e meio do início da feitura do vinho, foi verificado o seu teor alcoólico em %, que atingiu um valor médio de 10 no vinho só com levedura, 10,5 no vinho com levedura e açúcar e 9,5 no vinho sem qualquer substância adicional. As diferenças não foram muito grandes nem a bebida era muito alcoólica. Talvez as uvas utilizadas não tivessem muito açúcar embora, quando provadas( isto não estava no procedimento!) ao esmagá-las, tivessem parecido muito doces!
Do laboratório da química veio o alcoolómetro que nos permitiu medir o teor de álcool.
Parece que a turma A de finalistas da ESALV teve sucesso trabalhando na sua adega laboratorial e provando que os micróbios (neste caso as leveduras), na verdade, ajudam na produção de alimento.

Mariana Joaquim
12ºA

O homem depende da biodiversidade para sobreviver!


22 de maio - Dia internacional da biodiversidade

O Dia Internacional da Biodiversidade foi criado pelas Nações Unidas em 1992, no dia 22 de maio.
O tema escolhido este ano para o Dia Internacional da Biodiversidade foi a diversidade marinha. O objetivo é aumentar o conhecimento público sobre as espécies marinhas e como as podemos proteger. Existem cerca de 250 mil espécies marinhas documentadas em todo o mundo.
A Biodiversidade é constituída por toda a complexa rede de animais e plantas e todos os outros seres vivos que habitam o planeta Terra.
Um elemento vital da biodiversidade é a diversidade genética entre as espécies que povoam ar, água e terra do nosso planeta.
É por isso importante preservar todas as formas de vida.
Atualmente, conhece-se cerca de 1 milhão e setecentos e cinquenta mil espécies entre os cinco a 100 milhões que se estima existir sobre a Terra
As espécies existentes hoje representam cerca de 1% das que este planeta já viu passar desde que a vida apareceu.
99% das espécies desapareceu ao longo dos tempos.
Foi um longo caminho para chegar onde estamos.
A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas.
 A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência. Pensa nisto e age em conformidade.
http://www.youtube.com/watch?v=wMljMbt-6ZU
http://www.youtube.com/watch?v=il4rnY3qXyc&feature=related

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ciência na Escola - EB1 da Sismaria Faz Pão com Ciência na ESALV

Leveduras a trabalhar, pão fofinho para lanchar

 No dia 14 de Maio, os alunos do 4º ano da escola do primeiro ciclo de Sismaria da Gândara, logo de manhã, deslocaram-se à Escola Secundária Afonso Lopes Vieira. Quando lá chegaram dirigiram-se para o auditório para assistir a uma apresentação multimédia sobre como se faz pão.
Em seguida foram para o laboratório onde fizeram massa de pão com fermento e sem fermento.
Enquanto o pão esteve a levedar, os alunos foram acompanhados pelas alunas do Curso de Apoio à Infância até ao polivalente onde realizaram dois jogos obre o pão.
Depois regressaram à sala, amassaram de novo a massa e colocaram-na no forno.

Enquanto a massa cozia, os alunos comeram iogurte natural feito pelos alunos do 12º ano, foram visitar a horta biológica e observaram os compostores. De regresso à sala, os alunos observaram as leveduras ao microscópio e puderam finalmente provar o pão que tinham feito.
Foi muito interessante observar que o pão sem levedura não cresceu como o que levou levedura.
No entanto, ambos estavam deliciosos acompanhados com a manteiga a derreter e um copinho de sumo.
Os alunos que participaram nesta interessante atividade agradeceram às professoras Regina e Teresa a sua simpatia, todas as explicações dadas e a disponibilidade dispensada. Por fim as professoras entregaram aos alunos participantes um desdobrável com toda a informação e um diploma de participação. Todos consideraram esta manhã muito bem passada.
Os alunos gostaram muito!
Texto elaborado por: 4.º Ano da EB1 da Sismaria
 Enviado pelas professoras: Carina e Olivia

sábado, 12 de maio de 2012

Sara Alberto do 12º A conquista o 3º lugar nas VII Olimpíadas de Biotecnologia


Dos 461 alunos, a nível nacional,  que  passaram à 2º eliminatória das VII Olimpíadas de Biotecnologia, só 49 foram admitidos à final e a  Sara Alberto, do 12ºA, da nossa escola,  estava entre eles.
Estas Olimpíadas,dirigidas a todos os alunos do Ensino Secundário, são organizadas pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e pela Sociedade Portuguesa de Biotecnologia.
Ontem, dia 11, a Sara  deslocou-se à Escola Superior de Biotecnologia do Porto, para participar na final onde se submeteu a uma prova escrita e  a outra oral,  arrancando o 3º lugar.
Foi com muito orgulho que hoje  abri a página  oficial das olimpíadas  http://www.esb.ucp.pt/olimpiadasbio/ e transcrevi :

 Os grandes vencedores da final nacional 2012 são:
1º lugar - Colégio Moderno - João Manuel Pereira
2º lugar - Colégio Moderno - Rodrigo Soares Teixeira
3º lugar - Escola Secundária Afonso Lopes Vieira - Sara Alberto
Lá vai a Sara receber o seu tão merecido prémio!

Já tem o diploma...


Parabéns Sara! Das escolas públicas tu foste a primeira!

A coordenadora das Olimpíadas de Biotecnologia na ESALV
Teresa Cunha Pereira

terça-feira, 1 de maio de 2012

1.º de Maio - Dia do Trabalhador

        Todos os anos, no dia 1 de Maio, comemora-se, em todo o mundo, o Dia do Trabalhador. As origens deste dia não são muito recentes, pois remontam ao  séc. XIX.
Nessa época, abusava-se muito dos trabalhadores, porque chegavam a trabalhar entre 12 e 18 horas por dia, o que era muito cansativo e até prejudicial à saúde!
Foi no dia 1º de Maio de 1886 que 500 mil trabalhadores saíram às ruas nos Estados Unidos.Chicago, na época, era o principal centro de agitação política dos EUA e os anarquistas exerciam a maior influência no movimento. Entre 80 e 90 mil pessoas saíram às ruas em apoio ao crescente movimento somente na cidade de Chicago.
Os trabalhadores não se deixaram abater e 4 dias depois voltaram às ruas onde voltaram a ser reprimidos.
Três anos depois, em 1889, o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de luta.
No ano seguinte os trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de oito horas.
Em Portugal, só a partir de Maio de 1974,  após a revolução do 25 de Abril, é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pela polícia.
No entanto, em Portugal, as 8 horas de trabalho diário só foram conquistadas a partir de Maio de 1996.
E agora, com a nova Lei Laboral como será?
Se quiseres podes ver ou rever imagens do 1.º Maio de 1974, em Lisboa, no vídeo a seguir:

Fontes:
 http://youtu.be/0Fg6BT9WlYE